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As farmácias e os farmacêuticos têm um papel essencial na promoção do autocuidado e do uso racional de medicamentos. Os MIPs são os produtos que podem ser adquiridos nas farmácias físicas e no comércio eletrônico das mesmas - Santa Cruz

Apesar dos medicamentos serem produtos foco de vendas das farmácias, seu consumo correto é imprescindível para o funcionamento dos tratamentos e o farmacêutico tem um papel fundamental na orientação assertiva, fator que também contribui para a fidelização dos clientes. O diretor da Unidade de Negócios Genéricos da Eurofarma, Donino Scherer Neto, ressalta que medicamentos são necessários para tratar e controlar doenças. No entanto, para que eles possam desempenhar suas funções de forma correta e eficaz, é preciso discernimento e conhecimento para saber como e quando utilizá-los (posologia, via de administração, efeitos colaterais, reações, interações com outros medicamentos etc.), avaliando corretamente as instruções que vêm com eles (embalagem, bula), bem como dar destino certo aos resíduos gerados pelo seu NO PDV | Uso racional de medicamentos consumo (sustentabilidade). Essas informações estão contidas nas embalagens e são reforçadas pelas recomendações dos profissionais de saúde, mas cabe ao usuário também entender e respeitar as instruções em todas as etapas de sua utilização. A isso chama-se de uso racional de medicamentos, entender sua real necessidade, correta utilização e descarte. De acordo com a vice-presidente executiva da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para o Autocuidado em Saúde (ACESSA), Dra. Marli Martins Sileci, o uso racional de medicamentos envolve o consumo de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), seguindo as informações da bula e da rotulagem para tratar sintomas do dia a dia, como dor de cabeça, febre, coriza, alergia, azia, enjoo e tosse, como analgésicos/ antitérmicos, antiácidos, antialérgicos, entre outros. Isso possibilita às pessoas manter a “É sempre importante esclarecer que o uso de MIPs consiste na automedicação. Em um contexto de frequente pressão e déficit de recursos do sistema de saúde brasileiro, a disponibilização de MIPs reduz a necessidade de os cidadãos irem a um serviço de saúde para tratar de um sinal ou sintoma já conhecido de uma doença não grave. Isso não quer dizer que os MIPs possam ser utilizados indiscriminadamente, muito pelo contrário, é preciso que o consumidor siga as instruções de bula e rotulagem e, em caso de dúvidas ou se os sintomas persistirem, procure a orientação de um profissional da saúde.”

Segundo a “Pesquisa Socieconômica do Autocuidado – O Valor Socieconômico Global do Autocuidado 2022”, produzida pela Global Self-Care Federation, que reúne associações regionais e nacionais, fabricantes e distribuidores de MIPs, o incentivo ao autocuidado pode gerar globalmente uma redução de custos de aproximadamente US$ 178,8 bilhões em 2030, ligados a cuidados mais caros, como consultas médicas, admissões hospitalares e compra de medicamentos com prescrição.

O crescimento do autocuidado ainda pode gerar globalmente até 2030:

  • 7,9 bilhões de horas economizadas de tempo individual, que seriam perdidas por indisponibilidades nas pessoas causadas por problemas de saúde.
  • 2,8 bilhões de horas médicas economizadas, que poderiam ser investidas para o atendimento de casos mais sérios.
  • Ganhos de 71,9 bilhões de dias produtivos.
  • US$ 2,8 bilhões em prosperidade econômica, pelo aumento da produtividade e da habilidade das pessoas de administrar suas obrigações.
  • 39 milhões de QALYs (quality adjusted life year – ano de vida ajustado à qualidade), em 2030, 25% a mais do que 2019. Sendo que um QALY equivale a um ano em perfeita saúde.

 

Já segundo o estudo da Fundação Instituto de Administração (FIA), intitulado “Utilização de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) e economia gerada para os sistemas de saúde”, publicado em 2017, o uso de MIPs gera uma economia anual de R$ 364 milhões para o Sistema Único de Saúde (SUS). O levantamento ainda aponta que para cada R$ 1,00 investido no consumo deste tipo de medicamento há uma economia para o setor público de saúde de até R$ 7,00. 

A ACESSA tem quatro regras para o uso racional dos MIPs. São elas:

  • Cuidar sozinho apenas de pequenos males ou sintomas menores, já diagnosticados ou conhecidos.
  • Escolher somente medicamentos isentos de prescrição médica e, se tiver dúvidas, pedir ajuda ao farmacêutico.
  • Ler sempre as informações da embalagem do produto antes de tomá-lo.
  • Parar de tomar o medicamento se os sintomas persistirem e procurar imediatamente auxílio médico.

 

​Papel do farmacêutico no uso racional de medicamentos

As farmácias e os farmacêuticos têm um papel essencial na promoção do autocuidado e do uso racional de medicamentos. Os MIPs são os produtos que podem ser adquiridos nas farmácias físicas e no comércio eletrônico das mesmas. “Eles são produtos destinados ao alívio dos sintomas do dia a dia e que estão disponíveis ao consumidor no autosserviço, sem que ele tenha que entregar uma receita médica ao farmacêutico”, diz a Dra. Marli.

Ela explica ainda que o farmacêutico tem o papel de orientar as pessoas sobre a escolha do medicamento mais adequado para tratar seu sintoma, tirar dúvidas sobre a utilização correta dos MIPs e, se necessário, encaminhar essas pessoas a consultarem um médico.

Segundo dados da IQVIA, em pesquisa realizada em parceria com a ACESSA, 77% das pessoas pedem orientações ao farmacêutico no momento da compra dos MIPs. “O brasileiro confia nos profissionais de farmácia. De acordo com pesquisa de 2014 realizada pelo instituto alemão GFK Verein, o farmacêutico era visto como confiável por 76% dos brasileiros, ocupando o quinto lugar, atrás apenas de bombeiros, professores, paramédicos e pilotos.”​ A executiva pontua que o farmacêutico é o profissional mais indicado para orientar o consumidor quanto aos benefícios e efeitos adversos dos MIPs, nas farmácias e drogarias. Ele tem informação quanto à administração, duração do tratamento, modo de ação do medicamento e possíveis reações adversas, contraindicações e interações com outros medicamentos e/ou alimentos.

O executivo da Eurofarma, pontua que hoje, muitas farmácias têm se tornado mais que um local de venda de medicamentos, mas verdadeiros hubs de saúde. Além de uma boa preparação dos profissionais para realizar o atendimento (esclarecer as dúvidas quanto à eficácia, necessidade e diversidade de medicamentos, bem como compartilhar as orientações de uso e indicação), é sempre importante manter a disponibilidade de medicamentos de referência, fitoterápicos, genéricos e similares; proporcionar acesso às informações corretas e aprofundadas sobre as mudanças de fórmulas e indicações; e acompanhar as informações sobre as novidades do mercado farmacêutico, seja em MIPs ou medicamentos de receituário, para saber como compartilhar o que é essencial com os clientes.

“A maior contribuição do farmacêutico é a confiança que sua formação e conhecimento asseguram aos consumidores. Essa relação mudou após a pandemia, com a introdução de novos canais de atendimento online e omnichannel, mas a capacidade de orientar e esclarecer dúvidas é essencial para garantir mais segurança na tomada de decisão em caso dos medicamentos de venda livre, destinados ao tratamento de sintomas e doenças de baixo risco, e também ao dispensar corretamente o que as prescrições médicas determinam em termos de medicamento e dosagem, o que contribui significativamente para um tratamento assertivo.” 

 

Autocuidado X MIPs: o que é e como realizar

O uso racional de MIPs se enquadra em um dos sete pilares do Autocuidado estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é o uso racional de produtos e serviços de saúde e traz como benefício a diminuição substancial de custos para o sistema de saúde, a otimização de recursos governamentais, a diminuição de custos aos usuários, conforto para os usuários (não há necessidade de ir a um serviço de saúde para tratar de um sintoma já conhecido), uma melhor qualidade de vida (produtos de caráter preventivo, como vitaminas, antioxidantes, etc.), além do direito de atuar sobre a própria saúde.

Os outros seis pilares do Autocuidado são: a prática de atividades físicas, o conhecimento seguro de informações em saúde, uma alimentação saudável, o bem-estar mental e o autoconhecimento, consciência sobre as atitudes de risco como tabagismo e consumo de álcool em excesso e uma boa higiene pessoal e do ambiente.

Fonte: vice-presidente executiva da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para o Autocuidado em Saúde (ACESSA), Dra. Marli Martins Sileci

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